A profissão de corretor de seguros é extremamente importante para a sociedade, empresas e pessoas que precisam proteger as suas vidas e os seus bens de situações que tem como consequência perdas financeiras.
O Que o Corretor de Seguros faz?
Basicamente a função de um Corretor é intermediar a contratação de seguros entre os segurados e as companhias de seguro.
Isso não quer dizer que é fácil, pelo contrário é preciso desenvolver uma série de habilidades de vendas e também um conhecimento profundo sobre os produtos de seguros e o seu público alvo.
Por que o seguro deve ser feito com um corretor?
Ele é um agente facilitador para quem precisa contratar e acionar um seguro, o corretor é o profissional que entende como funciona o mercado, conhece muito bem os direitos do cliente ao contratar uma apólice de seguro.
O Corretor de Seguros deve dar total suporte ao cliente e advogar por ele perante a seguradora.
Além disso, trata-se de um mercado com variados produtos e, que possui uma linguagem técnica, o famoso “segurês”, e ao contratar um seguro sem a ajuda desse profissional pode fazer com que as pessoas tomem decisões equivocadas sobre como proteger suas vidas e o seu patrimônio.
Como se tornar um Corretor de Seguros?
Para ser um profissional habilitado no mercado de seguros você precisa saber onde fazer o curso para tirar o registro da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) órgão federal que regulamenta a profissão dos corretores de seguros no Brasil.
O curso de habilitação de corretor de seguros pode ser realizado pela ENS (Escola Nacional de Seguros).
Após a realização do curso (12 meses) será necessário prestar um exame divido em 4 provas, aplicadas uma vez por dia, no qual após a aprovação irá permitir ao aluno tirar o registro SUSEP.
Como o Corretor de Seguros ganha dinheiro?
Por ser um intermediário entre o segurado e as seguradoras, o corretor é remunerado com um percentual sobre a venda de seguros. O comissionamento do corretor é bem variável entre os produtos e companhias diferentes no mercado.
Você pode ser um corretor autônomo, trabalhando como pessoa física ou pode empreender e abrir a sua corretora de seguros, sendo necessário registrar a sua empresa na SUSEP e estar conforme as exigências fiscais.
Saber qual é a comissão do corretor de seguros é uma pergunta típica de quem está começando no mercado, afinal de contas precisamos saber se vale a pena ou não entra no mercado. Mas também é uma dúvida comum devido à alguma parceria/negociação que envolve o corretor de seguros.
Qual a comissão de um corretor de seguros?
Trata-se de um percentual que pode variar de seguradora para seguradora e produto para produto. Em alguns ramos você pode operar com um comissionamento de 50% ou mais e em outros com 10% ou menos.
No seguro de automóvel, o seguro mais tradicional do mercado, os ganhos variam entre 10% a 25% do prêmio líquido.
O prêmio líquido é a soma das coberturas e garantias contratadas na apólice sem considerar o percentual de 7,38% referente ao imposto do governo federal, o IOF (Imposto sobre operações financeiras).
Além do comissionamento a maioria das seguradoras também possui campanhas de produção voltada para todos os corretores, algumas fazem campanhas específicas para corretores com acordos de produção e as campanhas sazonais que premiam os corretores ao atingir as metas estipuladas no período.
O ramo de seguros de vida é atrativo devido à renovação automática e possibilidade de se trabalhar com comissionamento maior.
Além disso, trata-se de produção que existe menos tempo dedicado ao pós-venda em comparação com o seguro de automóvel.
Outros ramos que podem oferecer uma comissão maior para o corretor é o de seguro saúde e os produtos financeiros, como o consórcio e financiamento.
Como o corretor de seguros recebe a comissão
Para os corretores autônomos as companhias emitem o RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) que incide impostos como o INSS, IRRF e ISS.
Já para o corretor pessoa jurídica as seguradoras fazem o pagamento na conta PJ cadastrada, retendo na maioria das vezes o ISS que varia conforme o município onde a corretora está instalada. Neste caso o corretor precisa fazer a emissão da nota fiscal informando a retenção do imposto.
Todo mês é cobrada a guia mensal de imposto sobre o faturamento do mês anterior.
Para entender um pouco melhor a diferença de corretor pessoa física e pessoa jurídica leia o artigo abaixo:
- Corretor de Seguros Pessoa Física ou Pessoa Jurídica?
O ideal é que o corretor entenda o comissionamento dos produtos que deseja vender nas seguradoras parceiras, e que faça um planejamento para aproveitar as campanhas trabalhando de forma inteligente e maximizar os seus ganhos.
Corretor de Seguros generalista ou especialista?
Ao conquistar a habilitação da SUSEP, uma das maiores dúvidas dos corretores é entre ser um corretor de seguros generalista ou especialista em um ramo. Esta também é uma questão que grandes corretoras enfrentaram no início e pode significar apenas uma questão particular do profissional.
Eis a minha opinião e o motivo pelo qual escolho ser generalista, porém com ênfase em um ramo específico.
No início de qualquer negócio existem dificuldades e no mercado de seguros para os novatos a dificuldade pode ser ainda maior.
Estamos falando sobre um setor que pode exigir a sobrevivência de uma empresa de 1 a 3 anos, um processo de crescimento que leva tempo e dedicação.
Obviamente que é uma média e que dependendo da capacidade, determinação e empenho, a maturidade e evolução de um corretor pode ocorrer muito antes.
Seja um corretor de seguros estrategista!
Independente da sua escolha, se é vender vários produtos de vários ramos ou vender apenas o seguro de vida, faça isso com estratégia para conquistar o maior número de clientes e vendas possíveis.
Entenda qual é o seu público alvo, comportamento, demografia, interesses, enfim, tudo!
Dessa forma você saberá aonde ir, quem e como abordar para ofertar o seu produto. Seja offline indo de porta em porta (PAP), fazendo cold call (ligação fria) ou através das ações de marketing digital.
O corretor especialista
Este perfil pode ser o de qualquer profissional, mas eu recomendo para aqueles que já possuem alguma experiência no mercado com o produto que deseja atuar assim que se tornar um corretor habilitado.
O especialista em seguros de vida possui uma vasta quantidade de produtos para ofertar ao seu cliente. E ainda tem vários produtos com sinergia atrelados no qual ele pode estender a seu portfólio, como o saúde, odonto e previdência privada.
Se eu pudesse recomendar uma única fonte de conteúdo sobre seguros de vida seria o Rodrigo Rosa. O perfil do Instagram dele é muito rico em qualidade sobre um seguimento que tem crescido ano após ano.
Pessoal, quando o Rodrigo disse que gostaria de ser “O Primo Rico” do seguro de vida, ele não estava brincando.
Voltando ao cerne da questão, mas e se para o corretor especialista pintar uma oportunidade de vender o seguro de automóvel?
Não perca negócios! Principalmente se você estiver começando. Até porque quem procura fazer o seguro de um veículo é um “Vida”, tem profissão, renda e dependentes.
“Ah, mas é uma frota de veículos”, e a empresa? Faça o seguro da frota e ofereça o seguro de vida para os funcionários, uma previdência privada empresarial, enfim oferte um benefício para o RH!
“Me desculpa, sou especialista em vida e vou indicar você para outro corretor”. Se você pretende ser esse tipo de corretor, um especialista que não vende outra coisa à não ser no que se promove, o mínimo que deveria fazer é criar uma parceria com outro corretor generalista.
A minha regra número 1 é a seguinte:
“Nunca perca uma venda!” E a regra número 2 é “Nunca esqueça da regra número 1.
Qualquer semelhança com as regras de investimento de Warren Buffett é uma mera coincidência 😅.
O corretor generalista
Ser um corretor generalista não significa que você deve vender tudo e de qualquer jeito. Muito pelo contrário.
Quando estamos começando o nosso tempo é escasso. Portanto, no início devemos focar naquilo que irá nos trazer menos trabalho e uma ótima rentabilidade.
O seguro de automóvel geralmente exige maior trabalho pós-venda do corretor. Porém, na venda de um seguro auto você poderá ofertar um seguro residencial, RC Profissional ou o seguro de vida para o seu cliente.
No fechamento enfatize as coberturas como acidentes pessoais, e encontre uma oportunidade de fazer o Cross Seling, a chamada venda cruzada, e ofereça um produto ou serviço complementar à oferta que o cliente adquiriu.
Corretor, desenvolva a sua percepção de negócio (o tal “feeling”) para ofertar no momento certo.