Calculadora de Capital Segurado Ideal

Some todas as suas fontes de renda. Ex: Salário líquido, pro-labore, lucros da sua empresa, aluguéis, dividendos de investimentos, etc.

Considere todos os gastos essenciais para manter seu padrão de vida. Ex: Moradia (aluguel/condomínio), alimentação, escolas, plano de saúde, transporte, lazer, etc.

Informe o valor de mercado aproximado de todos os seus bens. Ex: Imóveis, veículos, aplicações financeiras (CDB, ações, fundos), saldo em conta, etc.

O Que é Capital Segurado?

O capital segurado no seguro de vida é o limite máximo de indenização que uma seguradora se compromete a pagar a um segurado ou beneficiário caso ocorra um sinistro (um evento coberto pelo seguro), conforme detalhado nas coberturas e garantias securitárias de cada apólice. O capital segurado é a base de cálculo da indenização e é um fator que influencia diretamente o custo do prémio do seguro, ou seja, o montante pago na apólice no período contratado.

Como calcular o Capital do Seguro de Vida

Entender a matemática por trás do seu diagnóstico é o primeiro passo para tomar decisões financeiras inteligentes. Acreditamos na transparência total, por isso, vamos abrir a “caixa-preta” e mostrar exatamente como chegamos em cada valor recomendado para sua proteção.


1. Proteção do Padrão de Vida: A Máquina de Gerar Renda

O Princípio: O objetivo aqui não é criar um fundo que será gasto e um dia acabará. O objetivo é criar um capital que funcione como um ativo perpétuo, uma “máquina” de gerar renda que nunca se esgota. O valor principal é preservado, e a família vive dos rendimentos gerados por ele, garantindo o padrão de vida para sempre.

A Fórmula:

Capital Ideal = (Sua Despesa Mensal × 12)​ / Taxa de Juros Real

Dissecando o Cálculo:

  • Sua Despesa Mensal × 12: Primeiro, projetamos sua necessidade financeira para um ano inteiro. Se sua família precisa de R$ 10.000 por mês para viver, a necessidade anual é de R$ 120.000.
  • / Taxa de Juros Real (0.08 ou 8%): Esta é a parte mais importante. Dividimos a necessidade anual pela taxa de juros. Pense nisso como a pergunta inversa: “Qual é o capital que, ao render 8% ao ano, me gera R$ 120.000 de juros?”
    • Cálculo: R$ 120.000 / 0.08 = R$ 1.500.000.
    • É por isso que R$ 1,5 milhão é o capital necessário. Investido a 8%, ele gera os R$ 120.000 anuais (ou R$ 10.000 mensais) que sua família precisa, sem que eles jamais precisem tocar no valor principal de R$ 1,5 milhão.

Por que 8% ao ano?

Utilizamos 8% como uma taxa de juros real, ou seja, já descontando o efeito da inflação. É uma premissa plausível e conservadora para investimentos de longo prazo no Brasil. Isso garante que o poder de compra da sua família seja preservado ao longo do tempo.


2. Planejamento Sucessório: O Custo da Burocracia

O Princípio: A transferência de patrimônio (inventário) não é gratuita. Existem custos obrigatórios e imediatos. O seguro de vida para sucessão serve como uma injeção de liquidez para cobrir esses custos, evitando que a família precise vender bens (muitas vezes com prejuízo) para pagar impostos e taxas.

A Fórmula:

Custo do Inventário = Seu Patrimônio Total × (ITCMD + Honorários + Custos de Cartório)

Dissecando o Cálculo:

  • Seu Patrimônio Total × 0.11 (ou 11%): O cálculo é uma estimativa direta dos custos que incidem sobre o valor total do seu patrimônio.

Por que 11%?

Este percentual é uma soma conservadora baseada nas regras do estado de São Paulo:

  • 4% (ITCMD): É a alíquota do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação. É um imposto estadual obrigatório.
  • 6% (Honorários Advocatícios): Representa a taxa mínima sugerida pela tabela da OAB-SP para processos de inventário. Um advogado é indispensável no processo.
  • 1% (Custos de Cartório e Despesas): Uma estimativa para cobrir emolumentos, certidões, registros e outras taxas processuais.

Somando tudo (4% + 6% + 1%), chegamos a uma estimativa de 11% como o custo mínimo para realizar a sucessão do seu patrimônio.


3. Proteção de Renda: Seu Salário de Segurança

O Princípio: Este cálculo é o mais direto. O objetivo é simplesmente substituir sua capacidade de gerar renda caso você fique impossibilitado de trabalhar. O seguro paga um valor por cada dia de afastamento.

A Fórmula:

Renda Diária Ideal = Sua Renda Mensal Total​ / 30 dias

Dissecando o Cálculo:

Pegamos a renda que você gera em um mês e a dividimos pelo número de dias. Isso nos dá uma média de quanto vale o seu dia de trabalho. Se sua renda é de R$ 15.000, sua diária é de R$ 15.000 / 30 = R$ 500. É este o valor que você precisa receber por dia para que suas finanças não sejam impactadas durante um período de recuperação.

Por que 30 dias?

Usamos 30 como a média de dias em um mês comercial para criar uma referência clara para a contratação de uma Diária por Incapacidade Temporária (DIT), que é a cobertura apólice que oferece exatamente este tipo de pagamento por dia de afastamento.


Agora que você entende a lógica por trás de cada número, pode ver que seu diagnóstico não é arbitrário. Ele é o reflexo matemático da sua vida financeira, projetado para criar uma proteção real e sob medida para cada um dos seus maiores riscos.